Anvisa aprova uso emergencial de vacinas contra a Covid

Publicado em 17/01/2021 às 18h30

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Diretores da Anvisa durante análise das vacinas Oxford e CoronaVac (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Na tarde de hoje (17/01) por volta das 14h50, por unanimidade, os cinco diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovaram o uso emergencial da CoronaVac e da vacina de Oxford contra a covid-19. A decisão depende de publicação no Diário Oficial e de comunicação aos laboratórios para entrar em vigor.


A maioria na direção da agência foi alcançada quando o diretor Alex Machado Campos tornou-se o terceiro a votar favoravelmente à imunização em caráter emergencial com as duas vacinas.

No início da tarde, as três áreas técnicas da Anvisa haviam recomendado a aprovação do uso emergencial. As gerências de Medicamentos, de Monitoramento de Produtos e de Inspeção e Fiscalização Sanitária deram parecer favorável. A recomendação, no entanto, precisava ser submetida à diretoria do órgão.

A primeira diretora a ler o voto foi a relatora do caso, Meiruze Freitas. Ela aprovou o uso emergencial, mas fez ressalvas. Disse esperar que o Instituto Butantan responda, até o fim de fevereiro, sobre os resultados sobre a imunogenicidade (capacidade de produção de anticorpos) da CoronaVac, produzida pelo Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac.

Em boa hora

 

As duas vacinas aprovadas chegam em boa hora ao Brasil, que já perdeu até esta data 209.296 pessoas para a Covid19. Para agravar ainda mais enfrenta uma retomada sem precedentes de casos da doença.

 

O ministro Eduardo Pazuello disse em entrevista coletiva logo após aprovação pela Anvisa que a data para iniciar oficialmente a Campanha de Vacinação contra a Covid no Brasil será na próxima quarta-feira (20/01) as 10h, quando serão distribuídas 6 milhões do imunizantes em todos os estados brasileiros.

 

O Cronograma do Plano Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde é:

 

Fase 1: devem receber a vacina trabalhadores da área de saúde e idosos com mais de 75 anos. Brasileiros acima de 60 anos que vivem em instituições de longa permanência também teriam acesso

 

Fase 2: idosos de 60 a 74 anos em qualquer situação.

 

Fase 3: indivíduos com condições de saúde que estão relacionadas a casos mais graves de Covid-19.

 

Fase 4: professores, profissionais das forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e a população privada de liberdade.

 

Não houve menção à vacinação para a população em geral, o que é esperado dada a demanda por vacinas contra o Covid-19 no mundo inteiro. Além disso, esses e outros critérios podem mudar de acordo, por exemplo, com os imunizantes que forem escolhidos pelo Ministério da Saúde, após a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Fonte de apoio: Agência Brasil.